A economia paranaense estabeleceu, nos últimos 14 anos, uma relação muito forte com o gigante asiático. De 2000 para cá, as exportações do Paraná para a China subiram de 3% para 28%. Entre janeiro e junho de 2014, os chineses importaram US$ 2,35 bilhões em produtos do estado, o equivalente a 28% de todos os embarques, um recorde. No mesmo período do ano passado, a proporção era de 23%.

Em contrapartida, porém, na indústria, nossas exportações estão em queda. Em 2013, 15,6% das receitas da indústria paranaense vieram das vendas ao exterior, segundo a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). Foi o menor índice de participação da indústria do Paraná no cenário externo em pelo menos 15 anos. Em 2008, por exemplo, a exportação garantiu 25,6% do faturamento total e, na década passada, esse índice beirava os 70%.

O problema dessa concentração de mercado na China e baixa participação da indústria é de que o Paraná torna-se, cada vez mais, dependente dos negócios da China, literalmente. Outro aspecto preocupante é que o Brasil oferece matéria-prima ao asiático e, mais tarde, importa o produto beneficiado. Exemplo disso é que exportamos couro e importamos bolsas e sapatos. Esse cenário negativo para o Brasil denota que, além de nossa indústria não estar preparada para competir com a China no mercado europeu, somos dependentes  deles em duas frentes: como exportadores de matérias-primas, sobretudo da soja, e como importadores de industrializados de baixo custo. Além disso, em caso de uma crise chinesa, o Paraná seria diretamente impactado.

Fonte: Gazeta do Povo

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