Os altos preços, a concorrência acirrada, falta de pontos comerciais de qualidade e os alugueis caros das grandes metrópoles brasileiras estão estimulando empreendedores a investirem nos mercados em expansão localizados nas cidades menores.
A Associação Brasileira de Franchising (ABF) confirma que 30% das marcas brasileiras já estão presentes no interior. De acordo com o diretor-presidente da consultoria Global Franchise, Paulo César Mauro, essa migração já é uma tendência. “As marcas já consolidadas na capital estão buscando a sua interiorização por conta da mão de obra mais barata e os custos de locação menores”, aponta.
Mauro comenta que essa entrada das empresas nas cidades menores acaba contribuindo para a expansão das marcas e com isto, o lucro líquido da rede costuma ser o mesmo do que o obtido em grandes capitais. “É possível cobrar quase o mesmo preço aplicado nas metrópoles e mesmo que o preço tenha que ser ajustado ao mercado, ainda assim a rentabilidade fica ainda boa”, explica.
No entanto, antes de investir em uma expansão no interior é importante que a rede trace um planejamento estratégico. “Um estudo prévio da região, uma pesquisa sobre a relevância dessas cidades no crescimento da rede e eventuais adaptações no modelo da unidade e dos produtos oferecidos são essenciais para qualquer empresa que quiser ter sucesso no interior”, conclui o diretor da Global Franchise.
Números de 2013 da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) apontam que 50% dos shoppings em operação no País estão localizados em cidades do interior. Na década de 90, esse número era de 25%. Os motivos são similares: aumento do poder de compra dos consumidores de cidades menores e escassez de terrenos nas metrópoles.
Em maio, o executivo Felipe Campos disse à NOVAREJO que o atacarejo encontrará no próximo ano espaço nas cidades do interior. “Apesar dos altos volumes de vendas, neste segmento há baixo capital de giro, quando comparada a um supermercado ou hipermercado, e, como em todo varejo, margens apertadas, mas há espaço para crescimento, principalmente fora dos grandes centros”.
Fonte: Portal No Varejo
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